Lembranças
São débeis resquícios da vida.
Uma página virada da história,
Que apesar da humana lida,
Ainda subsiste na memória.
São todas filhas do tempo.
Vagas constantes do passado escuro;
Estrelas pálidas do imenso firmamento,
Que teimam em brilhar na noite do futuro.
Penas mudas do encanecido poeta,
Que repousam sob as folhas de papel.
São as lições dadas aos filósofos,
Depois de terem olhado um distante céu.
São elas como árvores no outono,
Deixando cair ao vento folhas mortas.
Inertes, sem vida!; não há como fugir,
Preciso recolher as que caíram junto à porta.
Boas ou ruins; coloridas ou sem cor;
Felizes? Tristes? São sombras da minha memória.
Vem lembranças me recordar o teu amor...
Que não se apagara com o envelhecer da história.
Inverno de 2007