S O S PALESTINA

Escrevo de amor, não de paixão!

E da maldade do mundo, com uma carapaça,

Protejo meu coração; porque a língua que falo,

Não parece desse mundo. É de outra raça.

Não falo de amar, os do mesmo sangue e família,

Os do mesmo povo e nação,

Falo de um sentimento que não cabe em numa ilha,

Que vai muito além deste solo e do meu chão!

Falo do amor que sinto, por quem nunca vi,

Idiomas que eu nunca ouvi,

Da burca e turbante, roupas que nunca usei,

De crianças que precisam de coisas que eu descartei.

Amor, que ergue a voz e uma bandeira de paz,

Não por serem parentes ou amigos,

Mas por estarem vivendo constante ameaça,

Por outros humanos: essa triste e desumana raça.

Amor, contra o poder que fala de cordialidade,

Escreve uma declaração cheia de bondade,

Mas fabrica armas letais a humanidade,

Alegando que o objetivo, é defender a liberdade.

“Têm aparência de cordeiro, mas falam como dragão”,

Usando seu poderio, exterminam mulheres e crianças,

Lhes tiram a água, remédios e lhes negam o pão.

Destroem um país inteiro, para roubar-lhes o chão!

Este poema, é uma predição,

Que a uma lição, se destina:

Se o mundo calar diante da ambição,

Em silencio sepultará a Palestina!

Solange Lisboa

25/11/2023