Da alegria do poeta
Um poema triste
pendurava num prego
uma viga erguida por vinte homens.
Sem movimento o galho, os animais, o tacho da doceira.
E a chuva caindo no vestido seco no varal.
Mas havia um poema de amor, tranquilo, preso à fenda,
de onde vinha um som baixinho do porão,
e era como se fugisse do cativeiro a minha canção favorita.