Paz
A dor do irmão do outro lado do mundo
Não posso sentir, mas, tamanha tristeza
Enche minh'alma com o pesar profundo
Ao ver que vida vale pouco, se despreza
A vida que é o milagre, de repente acaba
De forma imediata, ou com sofrimento
A pele queima, cidade rui, o teto desaba
E tudo é revolta, é pranto, é um tormento
Aqui, também há guerras veladas, mortes
É o tráfico, é a violência, trânsito, doença
Descaso na saúde; viver é quase por sorte
Quem sabe vento vira e Divina Providência
Traz algo tão valioso pra perto, necessário
Que faz bem em qualquer tempo, relicário
Paz para andar nas ruas, paz nos hospitais
Nos lares; bom seria uma face sem sais...