Grito de Mulher

Ai meu Deus, porque meu Grito não é ouvido?

Eu choro a morte de cada filho em cada lar.

Eu sofro o coração do mundo pelas injustiças.

Há! A minha voz, mesmo sem som é longa.

O vácuo do infinito dissipa-se em luz.

Meu lamento transpira a desordem louca...

Não vejo o coração das pessoas, por quê?

Não há mais tempo para isso. Tudo é urgente, em emergência.

Socorro! A quem peço socorro?

Não há ninguém! Não há ninguém!

Meu Grito de Mulher, mesmo cansado ainda possui forças.

Meu Grito de Mulher , tem coragem.

Jamais pensei ser tão destemida.

Sobrevivo às catástrofes da natureza.

Sobrevivo à ganância do homem, porque sou filha, sou mãe e sou Mulher.

Exijo que parem todos e pensem que tudo está ao contrário.

Vamos mudar o rumo, a direção.

Vamos começar novamente a vida.

Nós Mulheres, merecemos a atenção da sociedade.

- Nós queremos respeito.

-Nós queremos espaço.

-Nós queremos dignidade.

-Nós exigimos a paz.

Nós Mulheres queremos em nosso espaço mais respeito pela dignidade e a paz.

Somos Mulheres livres tanto quanto...

E a nossa liberdade estende-se à intelectualidade, á espiritualidade...

Todos somos iguais perante Deus e aos homens.

Mais somos as senhoras, as geradoras da vida.

Não podem nos dominar fisicamente, pois precisarão sempre de nós.

Soluço a compaixão pelos indefesos e desamparados.

Eles não tem culpa e não pediram isso...

-Mulheres, precisamos vencer esta luta constante de trabalho pela apasigüação

dos ânimos familiares,

Fiscalizando os nossos filhos e nossos maridos para o caminho do bem.

Meu Grito de Mulher que batalha contra as divergências de pensamento que

São motivos suficientes para as desavenças, gerando competições absurdas.

-Não ao capitalismo! Ele não é mais importante que a saúde dos meus pais.

Eles já doaram as suas vidas ao país.

Nós não somos uma família?

O País não é uma grande família?

O Mundo não é uma enorme família?

-Grito! Grito! Grito até não existir mais a fonte da vida.

Grito de Mulher calejada contra regras inadequadas e contra as várias violências.

Será que é porque somos sensíveis?

Será que nós não percebemos os enganos?

Somos sentimentais a oferecermos os nossos ombros para que descansem.

Somos sábias para fazê-los mudarem de ideia aos melhores propósitos.

Compreendemos as suas dores e lhes aconselhamos com o nosso Grito de Mulher.

Autora: Leomária Mendes Sobrinho

Comendadora Municipal de Salvador

leomriam@gmail.com

Salvador, 12 de fevereiro de 2014