Paragens...
Paragens...
Eu venho de velhas cidades
antigas friagens
remotas paragens...
Eu venho de assombrosas idades...
Venho eu das noites caladas..
das invernadas..
Eu venho das chuvosas estradas
Do olhar do boi..
Das pastagens e das ramadas...
Eu venho da paz e da guerra..do tudo e do nada..
Venho eu..na lenta caminhada
apeando em casas abandonadas..
Onde ainda ouço..
o eco das risadas...
Venho caminhante..
entre rocas e barbantes..
Circos retirantes..do meu mundo infante...
E de onde venho eu..
o luar é meu amante..
Venho lá das matas e lonjuras
Do frescor da noite escura
Onde pousa minha alma madura...
Eu venho do ventre materno
Do pai eterno
Dos arrebóis e quimeras
Eu venho de outras eras..
Das bojudas estrelas..
Dos cheiros das terras...
Eu venho do Rio Novo..
do Rio do Ouro..E das almas...
Eu venho do Araguaia..
do lume
do vaga lume...
Eu venho de tantas eras
tantas taperas...
Do veio da vida...
A nascente e a nascida!!
Vida.. vida.. vida!!
Minha prece proferida!!!
Dorothy Carvalho
Goiânia, 11.01.2