FILHOS DA POESIA - Poesia nº8 do meu segundo livro "Internamente exposto"

Vejo os meus anos se

Desbotarem como tinta...,

Nesta grande tela da vida

Qual eu fui um dia, pintado;

E nesta estranha fúria da

Imaginação, que faminta,

Poderão ler essas linhas

Escritas do meu passado!

Ah, os verdes tempos que

Tomaram-me boas horas!

Nas maduras vezes em

Que retive os conselhos,

Eu fui dono muito cedo

De homens e senhoras...,

...Apanhei de mim e dos

Meus castigos, de relhos!

Por ser um moleque atrevido,

Conquistei sonhos, vi magias...

Dentro destas minhas euforias,

Vivi em flor, a minha paternidade!

Filhos eu sempre tive e irei ter,

Foram muitos da noite pro dia!

A escrita em lição me serviu...,

...Sou cada poesia que se fazia,

Quando a manhã se anunciava!

Com elas, depois, feliz eu dormia...

As auroras são perfeitas esposas,

E poesias, amantes da eternidade!

Setedados
Enviado por Setedados em 04/01/2014
Código do texto: T4636557
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