FILHOS DA POESIA - Poesia nº8 do meu segundo livro "Internamente exposto"
Vejo os meus anos se
Desbotarem como tinta...,
Nesta grande tela da vida
Qual eu fui um dia, pintado;
E nesta estranha fúria da
Imaginação, que faminta,
Poderão ler essas linhas
Escritas do meu passado!
Ah, os verdes tempos que
Tomaram-me boas horas!
Nas maduras vezes em
Que retive os conselhos,
Eu fui dono muito cedo
De homens e senhoras...,
...Apanhei de mim e dos
Meus castigos, de relhos!
Por ser um moleque atrevido,
Conquistei sonhos, vi magias...
Dentro destas minhas euforias,
Vivi em flor, a minha paternidade!
Filhos eu sempre tive e irei ter,
Foram muitos da noite pro dia!
A escrita em lição me serviu...,
...Sou cada poesia que se fazia,
Quando a manhã se anunciava!
Com elas, depois, feliz eu dormia...
As auroras são perfeitas esposas,
E poesias, amantes da eternidade!