A PAZ É A AUSÊNCIA DAS DROGAS
Para de fumar maconha
se queres mesmo a paz;
com o bem que se sonha,
sem coerência nada se faz.
Larga, pois, da cocaina
teu nariz vai escorrer,
ela é a tua ruína
o fim ao certo é morrer.
Não vês que financias
a maldade sobre a terra,
em quem que tu confias,
naquele que faz a guerra?
O vil dorme com o cão,
depois daquele bagulho,
é triste a perdição,
a morte não faz barulho.
Isto não é brincadeira,
não durará só uma noite,
logo vem a tremedeira
e a cadeia como açoite.
O teu pecado é uma droga
que leva todos a loucura
traem como uma cobra,
acaba em desventura.
Choro, porém indignado,
ao ver o mundo sem destino
fazem mesmo tudo errado
agem como um menino.
A paz é a bondade
que vem ao teu coração
pois na pervesidade
mais depressa irás ao caixão.
Para que reine a paz
é preciso conscientizar-se
do rebelde e contumaz
ou se alguém vai salvar-se.
Se não reinar em nós a paz
vós sois os maiores culpados,
porque pagam por algo fugaz
e ficam tão consternados.
A minha mensagem é esta:
Nada de palavras bonitas
gosto também de uma festa,
mas quero só coisas licitas.
Não vês onde está o problema,
onde está de fato a maldade,
a paz tem um só estratagema:
Caia agora na realidade.
O mundo procura a paz
ou a paz que procura o mundo?
Posso ser um bom rapaz
ou mesmo um vagabundo.
Intrépido no fazer o bem,
receio tenhas que fazer o mal,
a vida não se acha em armazém,
o sangue perdido não é bom sinal.
A paz é a ausência das drogas,
porque podemos ter guerra e felicidade;
nas duras mágoas que te afogas,
ou na guerra por uma saudade.
(YEHORAM)