sentado na praia
nas vezes que sento de frente pro mar,
me ponho a olhar, mas é pouco o que vejo:
alguma sereia poder encontrar
ao invés de na areia um sutil caranguejo;
pra lá do horizonte um navio avistar
ou não me livrar de um gostoso bocejo;
fugir das lembranças que quero evitar
ou não me enganar se são o que desejo;
com a bela surfista me extasiar,
olhar pra turista fazendo gracejo;
ficar por ali sem me preocupar
com as desimportâncias que tanto almejo;
querer que uma onda me venha buscar
ao som fascinante de um realejo