sentado na praia

nas vezes que sento de frente pro mar,

me ponho a olhar, mas é pouco o que vejo:

alguma sereia poder encontrar

ao invés de na areia um sutil caranguejo;

pra lá do horizonte um navio avistar

ou não me livrar de um gostoso bocejo;

fugir das lembranças que quero evitar

ou não me enganar se são o que desejo;

com a bela surfista me extasiar,

olhar pra turista fazendo gracejo;

ficar por ali sem me preocupar

com as desimportâncias que tanto almejo;

querer que uma onda me venha buscar

ao som fascinante de um realejo

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 04/10/2010
Código do texto: T2536564
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