obediência
pálidos sorrisos, desencantos,
nuvens muito densas, trovoada;
no chalé se viam medos tantos,
mas nenhuma face alarmada
e é assim mesmo quando a gente
acha na penumbra o resultado;
somos como a estrela mais contente
que não quer do céu ter despencado
digo que ainda tenho o que viver,
zombo do adverso, não me entrego,
sinto-me com a força de um leão;
mas se aumenta muito o meu sofrer,
resta ainda aquilo a que me nego:
desobedecer meu coração!
Rio, 08/10/2009