À minha mãe

Mãe...

Não sei se o seu dia, pra mim

amanheceu.

Há tanto tempo que não te vejo...

Nem sei se onde está,

permite de mim se lembrar.

Há muito, não recebo um abraço, e

nem um beijo seu.

Num dia de alegria que é o seu dia,

o meu dia... O nosso dia.

Com a sua ausência,

pra mim, entristeceu.

Mas saiba mãe...

Que do pouco tempo que te tive,

pra mim foi inesquecível.

Lembro-me de tudo com saudade.

Era inocente... E devia mesmo ser.

Casou-se cedo, sem ao menos amadurecer.

Eu, com pouca idade, sabia mais do que você.

Mas que audácia a minha, neh, mãe?

Podia até pensar assim...

É que nessa época, eu era o suporte da casa,

todos confiavam em mim.

Lembro-me mãe...

Que por necessidade,

confiou-me os seus momentos mais dolorosos.

Era uma menina de pouca idade,

mas tinha capacidade.

Por isso confiou a mim, o seu derradeiro momento.

Lá estava... Só eu e você

E um montão de sofrimento.

O que me conforma mãe...

É a certeza de que está bem.

A saudade é grande

maior do que ela, só o nosso amor,

pela fé inabalável,

que temos em Deus, o nosso Senhor.

Hoje, sou mãe também...

Cheia de erros e acertos,

Compreendo você, como ninguém...

E como qualquer outra mãe...

Entre filhos, compartilhando amor.

Com paz, alegria e... Sempre...

Na glória de nosso Senhor.

Zaía Cruis
Enviado por Zaía Cruis em 30/04/2008
Reeditado em 28/04/2011
Código do texto: T968807
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