À minha mãe
Mãe...
Não sei se o seu dia, pra mim
amanheceu.
Há tanto tempo que não te vejo...
Nem sei se onde está,
permite de mim se lembrar.
Há muito, não recebo um abraço, e
nem um beijo seu.
Num dia de alegria que é o seu dia,
o meu dia... O nosso dia.
Com a sua ausência,
pra mim, entristeceu.
Mas saiba mãe...
Que do pouco tempo que te tive,
pra mim foi inesquecível.
Lembro-me de tudo com saudade.
Era inocente... E devia mesmo ser.
Casou-se cedo, sem ao menos amadurecer.
Eu, com pouca idade, sabia mais do que você.
Mas que audácia a minha, neh, mãe?
Podia até pensar assim...
É que nessa época, eu era o suporte da casa,
todos confiavam em mim.
Lembro-me mãe...
Que por necessidade,
confiou-me os seus momentos mais dolorosos.
Era uma menina de pouca idade,
mas tinha capacidade.
Por isso confiou a mim, o seu derradeiro momento.
Lá estava... Só eu e você
E um montão de sofrimento.
O que me conforma mãe...
É a certeza de que está bem.
A saudade é grande
maior do que ela, só o nosso amor,
pela fé inabalável,
que temos em Deus, o nosso Senhor.
Hoje, sou mãe também...
Cheia de erros e acertos,
Compreendo você, como ninguém...
E como qualquer outra mãe...
Entre filhos, compartilhando amor.
Com paz, alegria e... Sempre...
Na glória de nosso Senhor.