UMA PINTA NO SEU ROSTO

À AMIGA CRIS

Ai dos poetas se não existissem as musas.

O mais gratificante é que elas usam e abusam

Da sua inspiração.

Elas estão aí. Só os poetas as encontram.

E as levam para si.

Para dentro da sua mente criativa

Embelezam-nas com sua imaginativa.

Por mais beleza que elas carreguem

Em seu corpo ou em sua alma,

Os poetas extraem do âmago do seu ser

Detalhes que são mais que um parecer.

Seu sorriso, seu olhar,

Seus jeitos e trejeitos

De falar e de andar.

De dançar, de bailar.

Uma bailarina, feito menina.

Que cai e levanta.

Quebra o pé. Com sua fé no Deus que sara,

Não para de dançar.

PORÉM, a musa que encontrei

Tem um detalhe além de todos os detalhes.

Por mais que eu tivesse infinito bom gosto

Jamais encontraria uma tinta

Para pintar esta pinta que tens no teu rosto.

Por mais que eu fosse um divinal predisposto

Jamais encravaria este sinal em teu rosto.

Para uma pinta sucinta

Em tua tez morena

Toda poesia que suscita

É por demais pequena.

Esta é a musa que encontrei

De charme singular

Que só mesmo o Pintor Universal

Que tem infinito bom gosto

Pintou este sinal no lugar ideal no teu rosto

E assim te fazer uma mulher especial.

20/10/2015

Gerardo Pardal
Enviado por Gerardo Pardal em 28/08/2020
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