DUAS VIDAS

Nunca que eu ia imaginar,
Nem na mais bela atmosfera,
De um reverberado jardim,
Duas vidas, duas flores de primavera,
Emanarem assim, de mim.
Sim, eu tinha a doce utopia,
De dar a luz algum dia,
De ser agraciada,
Mas, assim, porção dobrada,
Seria muita ousadia.
Nessa vida de mistérios,
De nuances sidéreos,
De alcance do verdadeiro amor,
Desejou o Criador,
Ornamentar a minha sina,
Me concedeu duas meninas,
Duas mil razões para agradecer,
Para preencher o meu ser,
Poetizar as páginas do meu caderno,
Me permitiu exercer o dom materno.
Sim! eu tenho o sonho realizado,
Duas princesas do meu lado,
E eu, em estado de emoção,
Eu, sinônimo de satisfação,
Sensação que só uma mãe, pode ter.
Sim... eu cantando uma canção, de ninar,
Para Esther e Antonella,
Enquanto a brisa entra pela janela,
Brisa testemunha singela,
De um amor sem dimensão,
De um coração que palpita,
E uma alma que acredita,
Que viver...
É tão bom como sonhar...
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Para minha cunhada Cláudia
e minhas sobrinhas.