Ode a George Floyd

George,
sua dor foi de tal maneira
tão sentida
que a própria vida
junto contigo, gritou...
mas o seu algoz
posando de benfeitor
em hora alguma escutou
nem a vida,
nem ao seu grito de dor

George,
foi clara a cena
como que de cinema
o estúpido brincou
Acho que por dentro até sorria
pois parece que agonia
na pele que não é nossa,
é diversão
Quis ser herói...
mas falou alto a alma de vilão
e quem planta o que dói
acho eu, em parca opinião
é quem deveria
colher o gosto da prisão

George,
eu sinto pelos tantos
que como você, são iguais
Não digo de cor
mas outra vez da dor
imposta pelos chicotes sociais
na figura do que podemos dizer
pela força do poder
se auto proclama
o moderno capataz
Um pesar em canto,
me inflama
e eu digo aflito:
Anos de estrada
e ainda nem acredito
que corte de espadas,
ponta de punhais
ainda rasguem a boa jornada
de outros
George,
há quem diga
que lá no etéreo
há o doce mistério...
uma nova vida
aonde o tudo é mais solto

George,
que seu grito
seja despertamento
para os que ainda tem na alma
o real intento
de tornar a vida não ferida
mas profunda calma
verdadeira fonte de paz
O nosso melhor momento
um agradecimento
pelo "guerra jamais!"
George, pela humanidade,
meus sentimentos
Que o altruísmo
um dia vença o preconceito
e o egoísmo
faça parte do nunca mais



27-05-2020
20h01min

"Pela violência nenhuma paz é adquirida, isso é ferramenta para a submissão."
-Cleide Carvalho.
Murillo diMattos
Enviado por Murillo diMattos em 05/06/2020
Reeditado em 20/07/2020
Código do texto: T6968471
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