Felliniana

O homem

comum

professa

na rua:

jejum de ideário.

O homem

jejum,

por sumo sacerdócio,

confessa

ignomínia.

Pueril, hilário.

Quão feliz

é o inverso,

inverno binário.

Senil,

alegre,

otário.

Ossário,

Dario, rei da Pérsia,

sicário.

O homem

revoltado,

Camus,

incendiário.

O homem

comum

não entende

Fellini.

A gata

sem evolução,

olhos verdes,

ambição,

escala a tela

da TV

e despenca

de alturas

inteligíveis.

O gato

azul e marrom

aguarda

a nova

encarnação.

Nós,

lesmas,

lemos

Nietzsche

e suamos

debaixo

de cobertas

comuns,

espermas,

barreiras

e Itália

relicário.

A vida

é lida

rediviva,

rede,

vida,

guarida.

No filme

Amarcord

recordo-me

apenas

do tio

na árvore.

O resto

é tudo perfeito também:

cenário.

Gleidson Riff
Enviado por Gleidson Riff em 12/02/2020
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