Brig
Do tecido
epitelial,
esverdeados
olhos,
o veneno inoculado
de seu ódio involuntário
feriu-me
na insolente
contenda de
uma noite poeira,
humilhação e ruína às margens do Rio Grande.
Onde estará hoje,
fantasma branco,
com as entranhas
livres de vida
nova e despedaçada,
na animalidade
e na falta de compaixão?
Feia,
feia como a porteira
de um rancho banguela?
Leve como a sina
de um milagre resolvido?
Absorta como a expressão
incoerente
da vaca?
Vaga,
vaga
expressão do dia
após o dia.
O infinito rito
do descartável
e do ignorante.
Pensando no epitélio
esverdeado
dos seus olhos,
azeitonas
olivas
que dizíamos,
raspo a barba áspera de cães e cãs
e ouço o trompete
West Coast,
leio Cortázar
que você nem
aquém de longe
intui.
Bom deve
ser o ser da roça,
esterco embrutecido,
ignaro de gleba
e amar a natureza nesta tarde imbecil balzaquiana (sic):
aqui um bom bocadinho
de fel (equívoco) cuticular,
que é cansativo ser nobre
depois
do virar
das páginas de prata?
Não.