As cantigas dos escravos
(imagens tiradas do Google)
Ei negro que canto é esse
Que Sozinho vives a cantar,
Cadeias não atrapalham
Do escravo o seu entoar?
A sodade forte
Da minha terra querida
Eu gostio de cantá de noite
Dispois que trimina a lida!
(cantado)
A sodade bate forte
Da minha terra querida
Eu gostio de cantá de noite
Dispois que trimina a lida!
Quando um escravo se cala
Outro se põe a falar
Das belezas da sua terra
Que fica dalém do mar
E outro também se levanta
Eu sou rei na minha tribo
Fui vencido na bataia
Inda trocado por tralha
Pra sirvir o inimigo
(cantado)
Eu sou rei na minha tribo
Fui vencido na bataia
Inda trocado por traia
Pra sirvir o inimigo
E lá no fundo da senzala
A negra aleita o filhinho
Com o leite que restou
Depois de amamentar
O menino branquinho
do patrão, do sinhozinho
Tenho que amamentá
pra num dirrubá as teta
da branquela, da sinhá
(cantado)
Tenho que amamentá
pra num dirrubá as teta
pra num dirrubá as teta
da branquela, da sinháá
também se escuta o canto
de uma escrava lá do eito
esse nego Mãe Maria
muito breve eu laigo ele
e Mãe Maria responde
num preocupa ninina
é tu laigô e eu pegô
(cantado)
esse nego Mãe Maria
muito breve eu laigo ele
é tu laigô e eu pegô
é tu laigô e eu pegôô
Lá no canto outra negra
entoa sua mágoa seu penar
Fui pegá água na fonte
E de lá nem pude vortá
Pucharo a minha ropa e
tiraro a minha rudia
que era pra sigurá o pote
pra leva agua pra aldeia
(cantado)
Fui pegá água na fonte
E de lá nem pude vortá
pra leva agua pra aldeia
pra leva agua pra aldeia
e assim eles vão cantando
noite a dentro sem parar
alguns choram no seu canto
outros dançam pra não chorar
e assim o tempo passa
Esperança no peito arde
Inda nós vamo sê livre!
E Viva viva a liberdade!
(cantado)
E assim o tempo passa
Esperança no peito arde
Inda nós vamo sê livre!
E Viva viva a liberdade!
Obs
Usei algumas expressões dos escravos,
tais como:
*Dispois que trimina a lida!
*Pra sirvir ao inimigo!
*Da branquela da sinhá!
*Fui vencido na bataia (batalha)
*Inda trocado por traia (tralha)
*Pra sirvir o inimigo
*muito breve eu laigo ele
*é tu laigô e eu pegô!
*Inda nós vamo sê livre!
*Fui pegá água na fonte
*E de lá nem pude vortá
*Pucharo a minha ropa e
*tiraro a minha rudia
*que era pra sigurá o pote
(imagens tiradas do Google)
Ei negro que canto é esse
Que Sozinho vives a cantar,
Cadeias não atrapalham
Do escravo o seu entoar?
A sodade forte
Da minha terra querida
Eu gostio de cantá de noite
Dispois que trimina a lida!
(cantado)
A sodade bate forte
Da minha terra querida
Eu gostio de cantá de noite
Dispois que trimina a lida!
Quando um escravo se cala
Outro se põe a falar
Das belezas da sua terra
Que fica dalém do mar
E outro também se levanta
Eu sou rei na minha tribo
Fui vencido na bataia
Inda trocado por tralha
Pra sirvir o inimigo
(cantado)
Eu sou rei na minha tribo
Fui vencido na bataia
Inda trocado por traia
Pra sirvir o inimigo
E lá no fundo da senzala
A negra aleita o filhinho
Com o leite que restou
Depois de amamentar
O menino branquinho
do patrão, do sinhozinho
Tenho que amamentá
pra num dirrubá as teta
da branquela, da sinhá
(cantado)
Tenho que amamentá
pra num dirrubá as teta
pra num dirrubá as teta
da branquela, da sinháá
também se escuta o canto
de uma escrava lá do eito
esse nego Mãe Maria
muito breve eu laigo ele
e Mãe Maria responde
num preocupa ninina
é tu laigô e eu pegô
(cantado)
esse nego Mãe Maria
muito breve eu laigo ele
é tu laigô e eu pegô
é tu laigô e eu pegôô
Lá no canto outra negra
entoa sua mágoa seu penar
Fui pegá água na fonte
E de lá nem pude vortá
Pucharo a minha ropa e
tiraro a minha rudia
que era pra sigurá o pote
pra leva agua pra aldeia
(cantado)
Fui pegá água na fonte
E de lá nem pude vortá
pra leva agua pra aldeia
pra leva agua pra aldeia
e assim eles vão cantando
noite a dentro sem parar
alguns choram no seu canto
outros dançam pra não chorar
e assim o tempo passa
Esperança no peito arde
Inda nós vamo sê livre!
E Viva viva a liberdade!
(cantado)
E assim o tempo passa
Esperança no peito arde
Inda nós vamo sê livre!
E Viva viva a liberdade!
Obs
Usei algumas expressões dos escravos,
tais como:
*Dispois que trimina a lida!
*Pra sirvir ao inimigo!
*Da branquela da sinhá!
*Fui vencido na bataia (batalha)
*Inda trocado por traia (tralha)
*Pra sirvir o inimigo
*muito breve eu laigo ele
*é tu laigô e eu pegô!
*Inda nós vamo sê livre!
*Fui pegá água na fonte
*E de lá nem pude vortá
*Pucharo a minha ropa e
*tiraro a minha rudia
*que era pra sigurá o pote