G. F. S.
Às quinze horas, as nuvens vieram.
Pensei no ontem.
O meu peito apertou.
Meus olhos quiseram embargar.
Às dezesseis horas, o céu se cobria.
Já era fim de dezembro.
Eu não sentia qualquer calor.
Mesmo com o suor que escorria.
Às dezessete horas, o céu escurecia.
E eu nunca me senti tão só.
Soprara um vento abafado.
Quase como um hálito na nuca.
Às dezoito horas, o céu não suportou.
E se pôs a chorar comigo.
No fim de tudo.
Sentei-me para observar a chuva.