G. F. S.

Às quinze horas, as nuvens vieram.

Pensei no ontem.

O meu peito apertou.

Meus olhos quiseram embargar.

Às dezesseis horas, o céu se cobria.

Já era fim de dezembro.

Eu não sentia qualquer calor.

Mesmo com o suor que escorria.

Às dezessete horas, o céu escurecia.

E eu nunca me senti tão só.

Soprara um vento abafado.

Quase como um hálito na nuca.

Às dezoito horas, o céu não suportou.

E se pôs a chorar comigo.

No fim de tudo.

Sentei-me para observar a chuva.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 09/07/2019
Reeditado em 07/09/2020
Código do texto: T6691531
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