Quase

Quase...

E vi teus olhos fechados

Os pássaros..as folhas..

Tudo foi silenciado..

E veio o frio..a fina chuvinha

De meus olhos incrédulos

A dor só minha...

Foi de joelhos em Oração

Que fiz ao Pai o primeiro pedir

Desse a mim teu fim

Faltou a compreensão...

Doia por ti..doia de ranger

No silêncio.. teu corpo

Ao qual eu quis voltar

Me aquecer e me abrigar..

No crucial da vida..eu nada..pude fazer...

A cruz do nada..é uma chaga..

Uma ferida de Jesus...

Nunca mais meu riso franco..

Um outubro eu me lembro..

Nós duas aprontamos..

E brincamos..vadiamos..

E nem chegou ao fim..

Teu lindo rosto..

Teu cheiro..teu cabelo..

Teu zelo a mim..

Teu batom quase cetim..

E essa saudade do abraço

Do laço feito de dores..

Aprendi a viver..

Sem te ver..

Sem nossas brigas..

Sem metade de mim..

Vou seguindo a vida...

Te beijo minha mãe...

Dorothy Carvalho.

Gyn, 25. 10....

Dorothy Carvalho
Enviado por Dorothy Carvalho em 31/05/2019
Reeditado em 23/05/2021
Código do texto: T6661067
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