LISBOA DOS MEUS SONHOS

LISBOA, menina dos meus olhos,

Anda, sai à rua, vem comigo desfrutar

Das ruas, travessas e miradouros,

Ouvir os alfacinhas a dirigir piroupos,

Às fadistas e varinas, tão castiças,

Que se fazem passar por mestiças.

Anda, dá-me o teu braço, vamos ao rio,

Ver os cacilheiros a navegar,

As gaivotas fazendo piruetas no ar,

Vamos percorrer a cidade,

A parte velha e a actual realidade,

Fazendo reviver a nossa mocidade.

Lisboa, não te vás ainda deitar,

Vale a pena ver o casario iluminado,

Às esquinas pares a namorar,

Um fado numa tasca bem cantado,

Por uma voz de fadista, castiça,

À luz da lua que se esconde, mortiça.

Adeus Lisboa, até amanhã, outro dia

Que se repetirá sempre como magia.

Ruy Serrano - 22.06.2018

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 22/06/2018
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