Bacia de bolo da tia Justina

Ah! Quanta saudade do tempo de criança...

De ficar esperando pela bacia de bolo da tia Justina.

Ficava debruçada na mesa, aguardando o instante de lamber a colher de pau e raspar a bacia, com a sobra de massa de bolo até o final.

Hum! Era bom demais!

Tem gosto de uma infância feliz

Comer a massa de bolo crua

E se lambuzar, passando o dedo

Pelas bordas da vasilha.

coisa de meninice, uma maravilha!

Deliciando ao lamber os dedos e sorrir de tanto contentamento

Ah...! Que ritual de alegria!

Antes de comer bolo pronto

O grande prêmio era lamber a bacia.

Nossa! Ainda sinto o gosto da massa, minha boca saliva só de lembrar.

Momento mágico de uma fase singela e de fantasia

Se alegrar com tão pouco

Mas esse pouco era muito

Pois tinha muito amor envolvido.

Naquele tempo de criança

Das tardes de lanche na casa da tia .

Tia Justina, nossa heroína!

Que a todos acolhiam, sem distinção.

No seu enorme coração de mãe.

Toda vez que ela fazia bolo, eu dizia: Tia, deixa eu lamber a bacia?

O cheiro de bolo no ar...

Inebriando os sentidos

O calor do forno à aquecer o nosso coração.

E nos causando boa sensação de conforto.

De um lar harmonioso

De um momento delicioso.

De um tempo que não volta mais.

Oh! Saudades!

"Tia, deixa eu lamber a bacia?"

By Claudia Florindo Corrêa

15/11/17

Claudia Florindo Corrêa
Enviado por Claudia Florindo Corrêa em 20/01/2018
Reeditado em 05/09/2018
Código do texto: T6230938
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