VELHA GUARDA

E no ato da minha morte,

Eu que nunca dei sorte,

Até sorte teria se morresse na boemia;

Numa noite estrelada com choros de violão,

Com chumbinho,

Com uma canção cantada no beco da lama,

Nas varandas do Rio Potengi,

Onde um dia viram surgir o carnaval de Natal.

Ainda bem que tem a velha guarda,

Que nos resguarda e nos garante

O não esquecimento de tantas melodias.

* Ao Grupo Velha Guarda do Samba e ao Beco da Lama, reduto dos Boêmios de Natal.