Àquela imaculada de mau tempo
Senhora do riso solto,
Conceda-me a graça de seguir procissão,
um sem número de vezes,
entoando o canto de gargalhadas
para as bênçãos d’alma.
Alcança-me a dádiva superior
de permanecer, como tu,
intocada de qualquer mau tempo.
E o prazer indelével
de todas as luxúrias
do roçar de risos e versos.
Ah, sereníssima alma criança!
Flutuas ao meu lado,
como nuvem rara
de algodão doce
para onde estendo os olhos e a alma
a colher mel para a vida.
Abençoa-me com alvoreceres!
Que tudo quanto tocas,
renasce!
Ando menina ainda,
fruto de cada nascença
desse nosso encostar de almas.
Por todos os risos e risos,
Amém!
Para Carmem Lúcia, que carrega a poção mágica de todos os risos.