HISTERONEURASTÊNICO

Tenho sete vidas e uma morte

E tudo acaba em estética, genialidade

Acordo e oro, depois... Blasfemo

Pela mutilação de mim sacio a Arte.

Transbordo de sinceridade

Como todo bom sacana enganador

Contudo, apenas finjo ser tão meu:

Sou o Inventor cruel da própria dor.

Eis o preço da existência

Ser julgado pelos fatos!

A má sorte como emblema

Imaginação em frangalhos.

Há deveras ausência de mim

Meus assassinos eu mesmo criei

Me orgulho mesmo assim

Sem eles de que valerei?

Pois, se ainda tenho essa vida

Terei também sete mortes

Não sou Pessoa, não sou gente

Se tenho forma, sou um vórtice.

Esta noite será o meu funeral...

Mas eu detesto conclusões.

Ao poeta que você leitor conhece muito bem.

Tonny Araujo
Enviado por Tonny Araujo em 10/03/2015
Reeditado em 10/03/2015
Código do texto: T5165298
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