HISTERONEURASTÊNICO
Tenho sete vidas e uma morte
E tudo acaba em estética, genialidade
Acordo e oro, depois... Blasfemo
Pela mutilação de mim sacio a Arte.
Transbordo de sinceridade
Como todo bom sacana enganador
Contudo, apenas finjo ser tão meu:
Sou o Inventor cruel da própria dor.
Eis o preço da existência
Ser julgado pelos fatos!
A má sorte como emblema
Imaginação em frangalhos.
Há deveras ausência de mim
Meus assassinos eu mesmo criei
Me orgulho mesmo assim
Sem eles de que valerei?
Pois, se ainda tenho essa vida
Terei também sete mortes
Não sou Pessoa, não sou gente
Se tenho forma, sou um vórtice.
Esta noite será o meu funeral...
Mas eu detesto conclusões.
Ao poeta que você leitor conhece muito bem.