Aquela moça infeliz
Em meus ouvidos, compondo,
Um canto de sombras repetidas
Um Sol Menor me expondo.
Ela, que não sabia rezar,
Pedia com eloquência
Que um amor, com clemência,
Fosse o seu leito forrar.
A moça não sabia de ciências,
Filosofias ou outras demências,
Cantava em seu canto solidão,
Sem Freud, sem Einstein ou Platão.
Nunca se envolveu com a sorte
Nem se desejou à morte,
Queria um amor nessa terra,
Valia-se, se amando nesta era.
Não era crente ou descrente
Só, em sua sina errante,
Seus cantos aos olhos de Dante,
Dariam, ao inferno, mais uma esfera.
E foram nela noites passando,
Espichando os desencontros,
Seu verde pranto amarelando
Em uma árvore sem pomos,
Que até as flores nascidas
De seus infindos ais,
Choram em sua cova fria
Em que sua alma em vida jaz.
Em meus ouvidos, compondo,
Um canto de sombras repetidas
Um Sol Menor me expondo.
Ela, que não sabia rezar,
Pedia com eloquência
Que um amor, com clemência,
Fosse o seu leito forrar.
A moça não sabia de ciências,
Filosofias ou outras demências,
Cantava em seu canto solidão,
Sem Freud, sem Einstein ou Platão.
Nunca se envolveu com a sorte
Nem se desejou à morte,
Queria um amor nessa terra,
Valia-se, se amando nesta era.
Não era crente ou descrente
Só, em sua sina errante,
Seus cantos aos olhos de Dante,
Dariam, ao inferno, mais uma esfera.
E foram nela noites passando,
Espichando os desencontros,
Seu verde pranto amarelando
Em uma árvore sem pomos,
Que até as flores nascidas
De seus infindos ais,
Choram em sua cova fria
Em que sua alma em vida jaz.