Nunca te ausentes de mim (Para Vinícius de Moraes)


Poetinha, tu és meu ídolo, minha inspiração,
sem ti a vida é triste, nada existe...
Este amor foi composto nas cordas de um violão,
só a ele a solidão resiste e a alegria insiste.

Passei por primaveras, verões e outonos,
superei divergências, obstáculos do caminho,
sem nunca te deixar nas asas do abandono
minha alma em êxtase deslizando no teu Barquinho...

Ouço na voz do vento tua poesia e me embriago...
E te segredo: Eu sei que vou te amar eternamente!
Quero viver entre teus versos, meu mago,
no eco que se repete na minha mente.

Tua ausência seria um insuportável tormento,
pensar nela seria morrer de desventura,
derramar o meu pranto, o meu triste lamento,
abrir a porta do coração para infinitas agruras.

Portanto, Poetinha, nunca te ausentes de mim...
Sem ti minha inspiração se dissiparia no universo,
meu coração seria como rosa murcha no jardim
e a poesia já não caberia nos meus secos versos.