Declamação para a minha inspiração
Declamação para a minha inspiração:
À senhorita Anelize Caroline Herpich
Tantos versos cabisbaixos
Lançaram meus olhares duvidosos
E imprimiram sentimentos de pena
Tantos amores escassos
Que julguei ser o presente
Do meu futuro
E de resto meu coração ficou passado
Quantas noites de luar
Que minha emoção chorou
No ombro das lamentações
Deitadas no papel
Quantos, enquantos e portantos
Viveram e criaram
Um labirinto cercado de eus
Que nunca encontrei
Cansei-me deles...
Dos eus, de todos os martírios,
De todos os gritos mudos
Que minha alma não se consentia
Com a voz do silêncio
Então, tomei outra estrofe,
Segui outras linhas
Rimei a sua alma
Com toda a minha calma
Sem pressa...
Sondando se há poréns
Nas curvas do seu sorriso...
Amei-me com zelo,
Passei verdade com methiolate
E para os meus olhos cansados
Você refletiu o meu espelho
Um sonho guardado em mim se revelou...
Uma mulher pintando todas as bordas
Da vida minha
Com minhas queridas cores
Que enaltece meu pensamento
E que nele agitasse os meus feitos:
Feitos por amor,
Amar sem querer
Prazer de não sei o quê...
Intensamente
Eu e você
Sendo nós nada mais
Do que nós mesmos
Sem precisar destilar
As emoções
Que tantos dias ficaram à sombra
Da esperança ao pó
De tantos serás
E certos incertos...
Viveremos enfim,
Sem fim para terminar.
A vida é curta,
Porém longa para recomeçar.
O amor apenas se transpareceu
Escondido nos véus dos nossos ditosos sonhos,
Dos outros ares, de outras terras...
Reatamos... Cruzamos séculos, esperando que o tempo
Seja-nos válido a contar as horas...
Vivamos então a delícia
De encontrar os nossos eus
Nos nossos abraços
Sentidos, vibrados
Ao canto dos nossos gemidos
Fazendo as palavras proferidas sentimentalmente,
Repetidamente,
Uma valsa a entreter os corações,
Até que as nossas almas emigram-se
Separar, jamais...
Teadoro Thá Ane Herpich
08/03/2007