A ti Mulher... 


Incenso as curvas de sua imagem em todas as hordas
Afrodite das quimeras, Cleópatra de minhas folhas
Taj Mahal dos suspiros, flanando em suaves bolhas
Valsam delírios harpejados a ti Mulher todas as horas.

A Ti mulher...

Carbonizadas em novecentos e onze, elevamos-te glorias.
Na pena e voz de Nizia Floresta abrolhadas neste interlúdio
C’ o cintilado, acendendo em ti Mulher o âmago da memória.
Idos que clamaram respeito igualdade e validação neste prelúdio.

A ti Mulher...

Guerreiras de Orfeu! Dadivosas poetisas que versejadas
Nas rimas de Zilá Mamede, clamam a Auta de Souza
Os versos que neste solo das letras, tinjam as alvoradas
Em tributo a Leda Maciel, fruto que perdurará na lousa!

A ti Mulher...

Um bouquet de Amor-perfeito que a POESIA enlaça na seara
E aroma de Magnólias os campos qual a brisa na orvalhada
Beijamos-te as mãos, nesta linda melodia, elevo solo que ara
Semens do papiro que inda flora neste chão da Mulher amada.

A ti Mulher...

Que deita a sombra deste poema, o tálamo colorido em teias
Atormentadas no templo, conquistando feitiço em odes casta
No fino aroma espargido ao vento na verve desconexa das peias
Inda fascinam o viver, martirizando o corpo numa dor tão vasta.

A ti Mulher...

As Meninas Moças e Senhoras a quem canto esta prosa,
Mães e avos, primas irmãs, as Marias tão sublimadas.
Que colhem na existência ainda que lhe espete a Rosa
Nefelibatas nuas de meu ser, nos orgasmos jaz cintilada...
A ti Mulher...

“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak

Cônsul Poetadelmundo- RN
SPVA-RN; Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN


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Deth Haak
Enviado por Deth Haak em 07/03/2007
Código do texto: T404747