Lágrimas ao vento
O vento a soprar meu olhar
Olhar triste de quem chora
Indo embora com o vento, o pensar
Porque na vida existe outr’ora
Incoerentemente desejo te sentir
E por ventura, seguir caminhos a fora
Mas a alma teima em persistir
Na dor que em mim apavora
Lutando contra as paixões da descrença
Necessito-me da ilusão do sonhar
E quem nunca sentiu a reluzente fluência
Que o coração sente ao amar
Entre jardins imensos sou um beija-flor
Que o amanhecer da natureza procede
E a sina do meu beijo enlanguesce com ardor
A pobre criatura que nessa terra helede
( Por Paulo Ricardo Silva)