IQRA! (Recita!)

IQRA!

(Recita!)

Para você,

inesquecível dama Cida Cilli.

Allah!

Aparece

acima,

ao longe,

aproxima-se,

em descida

na cidade

vestida de veludo,

opalizando verde-mar e

verde-musgo,

a dama decidida,

e a dama e os dramas rolam...

Altiva,

noctívaga,

recita em passos lentos,

com altos saltos,

os sobressaltos de um poema todo alento.

E a cada passo escreve, perfura o calçamento,

e arde o sol invernal ao redor...

Li... Leio, Cilli !

Hégira Lunar a caminhar

‘Al-Côr’ da tarde em passos com vagar...

Eis, Surata, coração em serenata!

Em Céu opalacento,

Maffud rapta o Lácio:

juras, “suras”, agora ela é ‘umma’

islamítica Dama-Scenus.

Musa, Isa pisa sobre o solo

de São João da Fortaleza.

Realeza, a dama Harém

Ítalo-além-Árabe...

Nuvens túmidas cobrem o sol da fria tarde,

coração Scylla esfria,

Cidália-Dália-Flor

carrega uma dor

a dama dos amores,

a dama de Roma,

a dama do aroma,

a dama das dores,

perfume das flores,

verdor corão-coração...

Cabelos e pêlos doirados

em sol crepuscular...

Ansar! Exílios

na noite fechada

em mesa de bar, pela invernada, exilada...

Um drink, um gole à meia luz,

e em estilo noturno seduz, reluz...

Astro-lábios rútilos

a dançar no ventre da noite,

a rolar entre os soturnos,

em ‘villutu’, ‘vellut’, veludos...

E a dama da Mesquita, graciosa,

recita conquistas...

Monte Hira!

Upala, pedra preciosa!

PROF. DR. SÍLVIO MEDEIROS

Campinas, é verão de 2007.