Mulher, parte particular de mim,
Que não se aparta, nem desfia,
Fica inserida sempre, até o fim.
Sem rejeite, como quem procria.

Mulher, dona do meu pecado,
Dona do meu desejo, exaltação...
Responsável por meus agouros,
Em crepúsculos difusos de solidão.

Mulher, realeza de minha história,
Coadjuvante de todas as incertezas,
Como quem dita o caminho, a oratória,
Dos meus versos e minhas riquezas.

Mulher, fonte de luz ancestre, divina,
Fulgor do rei sol imperante, brilhante.
Senhora do meu olhar penoso, retina.
Sem pedir concessão, sem instante.

Mulher, gene adâmica do meu ser,
Feiticeira dos desejos cruéis, oriundos...
Provinda de dimensões infindas do céu,
Dominante das criaturas do mundo.

Mulher, senhora do meu destino,
Progenitora de todos meus sonhos,
Desde seu ventre, os redemoinhos...
Mãe, irmã, avó, filha, mulher, plano divino.

Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 08/03/2012
Reeditado em 06/03/2017
Código do texto: T3543288
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