Ouro Verde, que já és cinzas...

Ouro Verde, que já és cinzas...

Arapongas, 13/02/2012 21:51

Não tenho muito que dizer, sem você perceber

Mesmo que nunca tenho entrado lá para um filme ver

Nunca imaginei o que eu testemunhei

Ver o Ouro Verde ser transformado em pó, isso parte o meu coração é de dar dó

Mesmo que todo o dia, quando eu passava ao seu lado

Tudo o que eu encontrava era um teatro fechado

Mas como um poeta, defensor das belas artes

Espalharei suas cinzas em todas as partes

Nunca eu pensei, o se um dia eu serei

Reconhecido e merecido só quando eu morrer

Mas, mesmo quem em um teatro nunca entrou

Certamente sentiu pesar quando o Ouro Verde desmoronou

Quem sempre esteve no palco

Ou chora, quando o viu virar talco

Neste local onde eu queria ter rimado

Me dói a alma vê-lo todo carbonizado!

Por que teve ser assim? Era esse de um artista o fim?

Acho que não, eu não concordo, acho que tem picaretagem abordo

Mas não posso levantar suspeitas, isso é meio perigoso

Mas tenho toda a certeza que esse fogo foi criminoso!

Mas que dói mesmo e saber que eu nunca fui

Que Londrinense que eu sou, que nunca em suas portas entrou?

Descanse em paz Ouro Verde, eu nunca te esquecerei

Quem sabe depois de alguma reforma, em seu palco eu interpretarei!

Mas esse é o perigo, talvez nunca poderei rimar contigo

Pois se dependermos do governo para reviver a boa cultura

Acho que nunca nos encontraremos

Essa é a verdade, a vida é dura...

Helder Henrique do Nascimento Peres

22:06

Helder Henrique
Enviado por Helder Henrique em 13/02/2012
Código do texto: T3497622
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