Para o meu pai que se foi
Pai... hoje essa palavra dói, quando sai dos meus lábios.
Tem a dor serena de saudade.
Infelizmente a vida é assim,
Geralmente os pais se vão
E deixam os filhos continuando a sua história.
Som os todos, uma história inacabada,
Mesclada nos capítulos da história de outras vidas.
Mas o vazio que fica, quando um daqueles
que nos deu a vida se vai, nunca será preenchido.
Meu pai foi um guerreira da estrada,
Enfrentava o sol e a poeira do chão,
Para ganhar o pão do nosso sustento.
Era um solitário do mundo, ele e o seu caminhão.
Minha vida tem muito mais lembranças de saudades,
Que de sua presença, que a distância me roubou
Por longos e longos anos.
E quando finalmente, chegou a hora de voltar para casa,
E abrir os braços para se fazer de colo,
Deus o levou...
Viu que o guerreiro merecia descanso
E não precisava sofrer com a amargura do mundo,
Enquanto olhando a vida passar,
Estacionado em nossa casa.
Levou-o para conhecer as estradas do céu...
Essas que a gente imagina existir entre as nuvens,
Onde caminham os anjos que cumpriram com amor,
Sua divina missão aqui na terra.