ADEUS DO BARTOLOMEU (Poema para Basilissa N. 1.641)
(Sócrates Di Lima)
Na lápide felina,
O miau latido silencia,
Ao receber a fria vacina,
Correndo nas veias que não queria.
Mas, não teve outro jeito,
Senão ao sacrifício do amor , recebeu,
E a morte que fechou o peito,
Levou pra longe o Bartolomeu.
E foi assim,
Sete anos de amor e alegria,
Como se um filho amado ele foi sim,
Criado e paparicado sem hipocrisia.
Mas, chegou a sua hora,
E não foi por falta de oração,
Ele teve que ir embora,
Partiu com sua luz para outra dimensão.
Dimensão chamada de animalsidão,
Aonde mora todo animal de estimação,
E todo aquele que recebeu a ingratidão,
Do seu dono que não teve coração.
Mas, o Bart foi um felizardo,
Como uma criança teve um berço humano,
Adotado numa família de amor estruturado,
Que soube criar o lindo e bigodudo “bichano”.
Tanto amor que recebeu,
Tanto bajulamento que eu nem sei,
Só sei que nesta vida viveu,
Nas graças de um lar, como um rei.
Então, o espírito felino se desgarrou,
Deixou o corpo como a matéria carnal,
Aonde habitava a alma especial que Deus levou,
Deixando para traz um rastro de saudade sem igual.
Seu nome era Bart de Bartolomeu,
Um ser de Deus, embora de estimação,
Um persa que nasceu e viveu,
No berço santo de amor, paz e inspiração.
Então, como ato final,
O nome de Rei seu dono escreveu,
Na imagem sisuda e especial,
Na lápide felina, aqui jaz o Bart-Bartolomeu.
...Meu adeus ao Bart-Bartolomeu.
Em 27/11/2011.