PARA O MANO AKINS KINTÊ
Aquele menino
Meio franzino
Passa na praça
Sem ninguém perceber
Aquele menino
Meio franzino
Quando sobe no palco
Na fala toma de assalto nosso querer
Aquele menino
Meio franzino
Tem ginga no passo
É bamba no asfalto
Tem rima pra cura do nosso sofrer
Aquele menino
Meio franzino
É mestre-sala da palavra
Samba-enredo para o nosso viver
Aquele menino
Meio franzino
É pedra na bota
Briga pela sua cota
Para milenares barreiras do povo romper
Aquele menino
Meio franzino
Tem doce na voz
Buquê de flores radiantes
Para a musa escura que encanta o seu ser
Aquele menino
Meio franzino
Geração quilombola
Enfrenta gaiolas
Me lembra Angola liberta a cantar
Aquele menino
Meio franzino
Tem bala na mente
É poeta combatente
Pronto pra revolucionar
Neste Brasil olho senil
De cordialidade sutil
Em cena de favela cola crack fuzil
Deixe o menino versar!
Página do Akins: http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=2431
15/12/2006
Oubí Inaê Kibuko