O AÇUCAREIRO.



Foi presente de bodas
Para um jovem e apaixonado casal
A açucareiro azul era peça central
Na humilde cozinha tinha lugar de destaque
Adoçou muitos chás de hortelã e cidreira
Não faltaram as xícaras de café adoçado
Nas conversas à mesa, era sempre lembrado

Os anos correram na esteira da vida
Hoje meio alquebrado, continua na lida
Servindo a terceira geração, daquele casal
Orgulhoso ele prossegue no centro da mesa
De mão em mão vai passando
Continua adoçando e sempre escutando...
Conversas, risadas, problemas
Faz o que pode pra cooperar
Na alegria e na tristeza, nunca deixa de estar

O açucareiro azul de meus avós
Recebi por herança
Ele continua servindo à nossa mesa
Com a mesma disposição de 85 anos atrás
Ele é a pedra de toque
Que me sirvo para trazer a tona
Memórias saudosas e caras
Se assemelha a uma bola de cristal
Através dele revejo momentos encantados
Nele ficou um pouco da boa energia
De meus queridos avós


(foto da autora)
Lenapena
Enviado por Lenapena em 29/07/2011
Reeditado em 08/11/2011
Código do texto: T3126881