Escritor
Ao poeta Rui Espinheira Filho
O que acontece com o poeta
Que faz da caneta a sua aliada?
Será o poder ou dom que faz do leitor
Cúmplice do julgamento fundo?
É o que torna a palavra
isqueiro das luzes do mundo.
Fazer-se tarde na esperança da calada noite
Enternecer-se com o clarão do luar?
Será a faca, o prato, a caneta ou o papel
Que faz do alimento o poder de amar?