ADÁLIA VERMELHA

Ela era bonita como a adália vermelha.

Adália vermelha, adália-mãe!

Os filhos, os netos, bisnetos e tataranetos.

O outono, o inverno, a primavera e o verão, a velhice...

Boca aberta suspirando o adeus...

O adeus do retrato das presenças humanas.

Seus olhos confusos de cores calaram-se...

Calaram-se com o passar dos minutos.

A adália vermelha despediu-se de nós...

Apagou-se com a luz do seu rôsto.

Vieram o suspiro e o sôno eterno.

Adália vermelha, adália-mãe!

Sempre lembraremos de você.

Adália vermelha, mãe do nosso jardim...

Joinville, 20/10/1990.

Homenagem póstuma á (Josefa Fagundes Cardoso).

Setedados
Enviado por Setedados em 23/05/2011
Código do texto: T2987997
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