Adeus, Condessa... snif,snif
Adeus, Condessa... snif,snif
10/05/2011 20h: 21m
Quando você veio em minha casa morar
Eu era pequeno, mas posso recordar
Era tão carinhosa, branquinha e macia de acariciar
Veio dar mais alegria, ao meu cinzento lar
Foi a primeira cachorrinha que eu tive
Minha amiga, fiel companheira
Que com seu jeito simples de me olhar
Estava pronta para mais uma brincadeira
Era tão meiga e carinhosa
Acho que nunca ouve uma cadelinha tão manhosa
Seu latido era tão sincronizado e parecia ensaiado
Seu pêlo era branco, com um tom caramelizado
Sua patinha era tão macia, suas unhas nem parecia que tinha
Seu pêlo sempre cobria seus olhos
Deixando eu sempre a ponderar?
O que será que esse bicinho está a pensar?
Quando sua pelagem ficava muito grande
E com nós ele fazia, deixando seu pêlo todo embolado
Deixando em evidencia que precisava ser tosado
Mesmo com uma aparência triste, era engraçado!
E quando voltava do banho
E tinha seus pelos todos cortados e aparados (coitadinha!)
Voltava para casa, com um novo visual
Mas que parecia uma ovelinha
Lembro-me, como se fosse ontem também
Quando brincávamos de pegar
Sempre que eu jogava o brinquedinho de morder
Ela saia correndo em uma alegria, que é difícil de descrever
Recordo-me de quando gerou cria
Dando a luz a quatro filhotinhos, que lindo!!
Sendo que a filha eu tenho até hoje, que é a Lassy
Só de ser seu dono meus olhos já viviam sorrindo
E sempre cuidei de vocês com amor e carinho
Da Condessa a mamãe branquinha
E da Lassy sua filha pretinha
Como sempre, uma cachorrinha só minha!
Recordo-me do dia em que brincávamos de futebol
Eu e meu amigo contra a Lassy e Condessa
Como vocês eram hábeis, levando a bola sempre para a casinha que era o gol
Sempre interceptando meus passes, com uma canina destreza
Também que não se recorda
Quando a molecada da rua jogava Bets em frente de casa
Se a bola caísse dentro do quintal não tinha problema
Em sua boquinha, Condessa, ela trazia a bolinha cor de brasa
Com você e sua filha, eu me via todo dia
E nesses anos, com vocês literalmente foi só alegria
Mas infelizmente teve que vir esse câncer veterino
Deixando-a isolada, desse pobre menino
Me partia o coração ver você separada em um canto
Por virtude de uma doença, sem cura
Eu a visitava e carinha como o bom dono
Mas mesmo assim meu coração estava em amargura
Mas desde ontem, dia 9/5/2011
Minha Condessa não late mais, não brinca mais de pegar
Não joga mais bola comigo e meus amigos
Não pega mais a bolinha da Bets
Não me carinha mais,
Não ...
Espero encontrá-la com toda aquela alegria que ela tinha
Quem sabe um dia... Registrado nesse papel
Se Deus assim permitir...
Poderei revê-la lá no céu
Adeus Condessa, você não foi uma simples criação
Pois esteve tanto tempo em meu coração
Eu a conheci quando eu era um menininho
Eu não entendia de amor, mas tinha muito carinho
Do mesmo jeito que o seu pelo se enrolava
Do mesmo jeito que em duas patas com você eu caminhava
Me parecia nossa alegria nunca teria fim
E que sua lembrança nunca sairia de mim
Pois por minha vida, tanta coisa já foi passada
Passou cidades, meu país, escola, pretendente e namorada
Mas você, sua cadelinha fofa, pensei que nunca me abandonaria
Mas, é a vida, em sua cruel simetria
Adeus Condessa
Pode deixar que sua coleira, eu guardarei
E toda vez que eu ver um cachorro branco, ou uma cadela poodle
De você, Condessa, eu lembrarei
Condessa- Vira-lata mestiça com Poodle
† 9/5/2011
Helder Henrique do Nascimento Peres
Dedicado a cadelinha branca mais linda do mundo! Poesia terminada ás 21h: 33m