O POETA E O TEMPO
(A Marcial Salaverry, o poeta do Amor)
Eri Paiva
 
Sulcos e ranhuras no rosto,
Cabelos a pratear,
Olhos que se quedam longe
Mas tudo já não pode alcançar...
São as marcas do tempo
Na vida de toda gente,
Eu diria, em maturação crescente,
Outros dizem, envelhecimento...
 
Mas nada disso é contratempo,
Nem motivos é de desgosto
Para quem vive a poetar...
O poeta tem nos seus olhos
A doçura de uma criança...
Tem no seu coração a esperança
De que seus versos ajudam
Um mundo novo a brotar...
 
Seja em que idade for,
Guia o  seu pensamento,
Tão livre e veloz como o vento,
A debruçar-se  no amor...
Exalta-o e o dignifica
Com sua experiência e maestria
E, ao ir-se... deixa, a quem fica,
O seu amor em poesia!...
 
Natal/RN – Em 02. 05. 2011
 
Eri Paiva
Enviado por Eri Paiva em 07/05/2011
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