O Bonde da                                 Saudade...

 

 No borralho presa está,
 Lembrança passada,
 Em adorno secular.


Um sinal, lá da porta

Da frente,
Ecoa estridente...
Rangendo a madeira Carcomida,  
Esverdeada  -

Com o tempo.


Chetiram - chetiran - chetiran


Parece um dobrado...
Na quarta-feira de cinzas.

 O bonde já não ouço.
 A orquestra já não toca.
O borralho: já não fala mais Dele.
O silêncio é quebrado...
Pelo velho relógio da Matriz, 
Que por um triz,  
Não emudecera.

O borralho,
O bonde,
Passaram...
Bem perto de mim,
Bem perto daqui,
E, não me dei conta! 

Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 16/03/2011
Reeditado em 19/08/2024
Código do texto: T2851705
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