Ah, o tempo...
Da varanda acessa dos anos...
Um sentimento morna,
Na caneca vazia do tempo.
Ora, vultos, imagens,
Entrecortam..., o vazio.
E do córrego pequeno,
Água densa escorre...
E revolve folhas secas,
Caídas a esmo...
E do fogareiro,
Apagado de tristezas...
Nuvens cinzentas...
Sem brasas,
Cingem o céu.
E num semblante frágil, de menina,
Olhos grandes, serenos e profundos,
De lembranças e rabugices se adota.
De mulher forte, pele seca,
De uma alvura sem par,
Que se mistura com tudo.
E, bate e rebate..., a hora que passa.
Ora que, celebra e cora.
E, o riso breve..., chora.
Chora..., a hora,
Ora chora, lá fora.
Oh... Cora!
Cora menina,
Menina cora...
Sentada à soleira,
A contemplar...
E suspirar...
Mocidade!...
Homenagem Póstuma: À divina poetisa,
Cora Coralina