Áurea
Teu nome resplandece
A beleza do teu ser.
Tens como identidade
A magna carta da liberdade.
Trazes na cútis a cor de um povo
Valente guerreiro
Sofrido e altaneiro,
Que não teme o novo.
Tua presença quase sempre discreta
Quem olha de fora, nem se desperta
Pensa que és cozinheira.
Mas quem de dentro vê nunca duvida:
Pois sabe que és nossa companheira.
Da casa, governanta;
Dos frades: Que riqueza!
Dos noviços, irmã mais velha:
(oh, dureza!)
Que, de vez em quando, uma boa bronca
Soltas da garganta.
Quem te conhece porém,
Não se permite tolejar,
Nem faz cara de desdém,
Pois teu nome é só um lampejo
Do valor que tu tens.
Batizada foste Áurea,
Na postura és aura,
E, entre os seus, aurora.