Áurea

Teu nome resplandece

A beleza do teu ser.

Tens como identidade

A magna carta da liberdade.

Trazes na cútis a cor de um povo

Valente guerreiro

Sofrido e altaneiro,

Que não teme o novo.

Tua presença quase sempre discreta

Quem olha de fora, nem se desperta

Pensa que és cozinheira.

Mas quem de dentro vê nunca duvida:

Pois sabe que és nossa companheira.

Da casa, governanta;

Dos frades: Que riqueza!

Dos noviços, irmã mais velha:

(oh, dureza!)

Que, de vez em quando, uma boa bronca

Soltas da garganta.

Quem te conhece porém,

Não se permite tolejar,

Nem faz cara de desdém,

Pois teu nome é só um lampejo

Do valor que tu tens.

Batizada foste Áurea,

Na postura és aura,

E, entre os seus, aurora.

Frei Michel da Cruz
Enviado por Frei Michel da Cruz em 03/12/2010
Código do texto: T2650578
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