CELESTE ITALIANA

Celeste, prima da minha gratidão,

sempre lembro do nome Celeste,

querida amiga da retidão

dessa lembrança que me veste.

Quando na praia, o mar,

ardia nas salivas das medusas

agulhando-nos ao nadar

entre a suas pernas confusas,

Celeste, deitava a luz solar.

Contava-nos anedotas,

alegremente, cheia de areia,

observava as gaivotas

com seu olhar de sereia.

Em meio a sua loucura

Celeste, sóbria, nos fazia rir,

até nos causar tontura

enquanto sua canga se punha a vestir.

És, assim, da cor do céu

que me socorrestes em dor

quando estive em Israel,

em febre ardia, eu, de amor.

Dispensas tu superlativo

pois teu nome é da imensidão,

minha prima, o motivo,

a rainha do nosso brasão.

De tempo em tempo,

me visitavas preocupada,

nada caiu no esquecimento,

turma de italianada.

O termômetro em tua mão,

me examinavas atentamente

medias carinhosa a minha pressão,

e como eu estava mesmo quente!

Quando em desvario partiu

para a sua Itália

nos deixando assim, sutil,

para a sua vida solitária.

Céu azul Celeste, céu azul anil.

Prima e inesquecível amiga,

jamais te esquecerei,

no âmago da minha ferida

sempre te agradecerei.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 19/11/2010
Reeditado em 19/11/2010
Código do texto: T2625013
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