Para Billie Holiday Ou Simplesmente Gardênia
Sois negra,
Pétala preta
Diurna estrela
Catequizada em blue
Quando a correr para o sul
Te prostituis em revés
E corre ao lamento
Para cantar teu jazz
Sabes a papoula ou álcool
Quando sua a talco
E despetalas em notas
A alma que sai da sua boca
Em gotas...
Por que és tão louca?
Desesperas assim a verve
Dessa beleza que lhe atreve
Talvez alvéolo em âmago
Ou amante primaveril;
- Brilhas n’alma viril.
Na platéia de embriagados
De sentimentos desconsolados
Faz-se bala de um cangaço
Atravessando sentimentos a teu regaço
Porque cantas com a pele
A voz apenas a conduz de leve...
E ao ouvir-te cantar
Vejo pelos ares a brotar
Toda colorida ardência
De uma alquímica Gardênia
Entrelaçada a teus olhos-auditivos...