Para Billie Holiday Ou Simplesmente Gardênia

Sois negra,

Pétala preta

Diurna estrela

Catequizada em blue

Quando a correr para o sul

Te prostituis em revés

E corre ao lamento

Para cantar teu jazz

Sabes a papoula ou álcool

Quando sua a talco

E despetalas em notas

A alma que sai da sua boca

Em gotas...

Por que és tão louca?

Desesperas assim a verve

Dessa beleza que lhe atreve

Talvez alvéolo em âmago

Ou amante primaveril;

- Brilhas n’alma viril.

Na platéia de embriagados

De sentimentos desconsolados

Faz-se bala de um cangaço

Atravessando sentimentos a teu regaço

Porque cantas com a pele

A voz apenas a conduz de leve...

E ao ouvir-te cantar

Vejo pelos ares a brotar

Toda colorida ardência

De uma alquímica Gardênia

Entrelaçada a teus olhos-auditivos...

Gabriel Alcaia
Enviado por Gabriel Alcaia em 17/10/2010
Código do texto: T2562551
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