Meu violão
Deus criou o universo e ocupou todo o vazio.
Criou o céu, a terra, o mar e os preencheu de cor.
Da natureza o homem tirou o que há de melhor.
Para dar forma e modelar o seu corpo esguio.
Alguns materiais por longos anos viveram,
para desenvolver seus mais fortes dotes.
Outros, toda a sorte de intempéries enfrentaram.
Do frio ao calor para flexibilizar seus recortes.
As mãos do homem de forma precisa trabalham.
Delineando detalhes e particularizando diferenças.
Seu braço segura as cordas, que delicadamente deslizam.
Com a suavidade e a ternura do afago de crianças.
Dedilhando o cordel de um sonoro violão.
Buscando na melodia, as notas da perfeição.
Suas cordas são afinadas no tom do meu coração.
Consola e traz alento nas minhas horas de solidão.
Este poema, eu o fiz, em homenagem ao meu grande amigo e professor de violão José Luiz Dias - Zizo. Seus acordes soam como sinfonia de anjos e ele a todos encanta, quando traz consigo esse instrumento que aprendi a amar, mas que infelizmente não sei tocar.