Meu violão

Deus criou o universo e ocupou todo o vazio.

Criou o céu, a terra, o mar e os preencheu de cor.

Da natureza o homem tirou o que há de melhor.

Para dar forma e modelar o seu corpo esguio.

Alguns materiais por longos anos viveram,

para desenvolver seus mais fortes dotes.

Outros, toda a sorte de intempéries enfrentaram.

Do frio ao calor para flexibilizar seus recortes.

As mãos do homem de forma precisa trabalham.

Delineando detalhes e particularizando diferenças.

Seu braço segura as cordas, que delicadamente deslizam.

Com a suavidade e a ternura do afago de crianças.

Dedilhando o cordel de um sonoro violão.

Buscando na melodia, as notas da perfeição.

Suas cordas são afinadas no tom do meu coração.

Consola e traz alento nas minhas horas de solidão.

Este poema, eu o fiz, em homenagem ao meu grande amigo e professor de violão José Luiz Dias - Zizo. Seus acordes soam como sinfonia de anjos e ele a todos encanta, quando traz consigo esse instrumento que aprendi a amar, mas que infelizmente não sei tocar.

Magda Simões
Enviado por Magda Simões em 22/08/2010
Código do texto: T2451893