Porque era pra ser assim.
Porque era pra ser assim,
deste modo indelével, de freio arranhado
e profundo,
que te fiz a minha razão.
Posto que é mina e não criadouro,
que não se refuta,
mas gera pergunta,
te nego a minha e a tua solidão.
Porque era pra ser arremate,
do certame e da criatura
que em nós dois dei por segura,
mas a tua promessa tornou vacilante.
Porque era pra ser resenhado
o discurso enaltecido,pingado
mas a tua displicência avultou.
Então fica a criatura,
criador e fantasia
à sombra do que nem deu certo.
Pratica esta nossa saída,
tropeço de quem nada tinha,
avisa à lua que me inicia
porque era tua a minha poesia!
Beijos.
Cris.