Porque era pra ser assim.

Porque era pra ser assim,

deste modo indelével, de freio arranhado

e profundo,

que te fiz a minha razão.

Posto que é mina e não criadouro,

que não se refuta,

mas gera pergunta,

te nego a minha e a tua solidão.

Porque era pra ser arremate,

do certame e da criatura

que em nós dois dei por segura,

mas a tua promessa tornou vacilante.

Porque era pra ser resenhado

o discurso enaltecido,pingado

mas a tua displicência avultou.

Então fica a criatura,

criador e fantasia

à sombra do que nem deu certo.

Pratica esta nossa saída,

tropeço de quem nada tinha,

avisa à lua que me inicia

porque era tua a minha poesia!

Beijos.

Cris.

Cristiane Maria
Enviado por Cristiane Maria em 01/05/2010
Código do texto: T2231698
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