PITIGUARA
[ A IRACEMA DE ALENCAR]
Todo brasileiro é filho da dor,
É Moacir!
Mate-me aqui,
Que morra eu guará...
Que morra eu Poti.
Mate-me sem perfurar-me
Com punhal europeu
E enterre-me no solo dos índios...
Eu que sou um brasileiro branco,
Canto o hino de minha morte:
Viva!... viva a vida, vida ao vivo,
Vida e viva... Viva que eu vivo!
Que morte... em que morte há sorte?
Coma-me a terra de Iracema,
Que essa terra me mastigue,
Me engula e me vomite sem pena!
Vomite-me às águas de Canoa...