HAVIA UM ANJO em nossa casa

HAVIA UM ANJO em nossa casa

E eu não sabia (in memorian)

Sempre foi tão silenciosa,

Andava a passos bem suaves.

Tinha uns olhos adoráveis

Do azul da pedra preciosa.

Nos lábios, meigo sorriso,

Em seu rostinho tão alvo.

Tinha um semblante bem calmo.

Não pensem que eu amenizo.

Mãos pequenas, delicadas,

Não se pouparam ao trabalho.

Tornavam belo um retalho,

Foram sempre tão prendadas.

Na cozinha ou na costura

Foi sempre muito eficiente.

E também inteligente

A bondosa criatura.

Só após ela partir

Para morar lá com Deus,

Percebi, ao dar-lhe adeus,

Que saudade ia sentir!...

Lastimo jeito não ter

Pra “meu Anjo” retratar.

Pois, do Céu, pra me guiar,

Deus me deu quando ao nascer.

Nem é preciso dizer

Esse seu nome querido.

Quem não terá compreendido?

- Só minha Mãe pode ser!

Maria do Céo Corrêa
Enviado por Maria do Céo Corrêa em 08/05/2009
Reeditado em 30/08/2010
Código do texto: T1583550
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