SAUDAÇÃO D`UM GAÚCHO AOS ENFERMEIROS

Um dia caminhava. O vento açoitando

covardemente um indefeso errante

que cobria com seu corpazil

a sombra além. Muito viril

e cansado de pensar ser edificante.

Ó vida amável ! Que glórias me trazes

quando esqueço pessoas bondosas

que a mim serviram com amor

indiferentes aos seus... desamor.

Pensando unicamente nas suas artes caridosas.

Branco, rosa, verde, pouco importa o traje

a qualquer hora de necessidade

prontos por obrigações e vezes mais

olvidando seus amores sentimentais,

em nome de uma caridade.

Só o conviver com toda espécie de endemias

já os elegeria: filhos de Deus, pai bondoso.

E por isto, somente isto, nossa condição

de amarmo-os seria a redenção

ideal para nosso convivio queixoso.

Normalmente só lembramos que eles existem

na hora da agonia, do desespero,

e antes, ou mesmo depois, como fica !

Nada sabemos, não é ? Cruz credo ! Beatifica

meu Deus, este pobre vivente em desprezo.

Ao usar o braço, a bundinha pra injeção

aí lembramos que eles existem, balbuciamos

pois, aliviam nossa dor carnal,

e como fica a espiritual ?

Só Deus e Jesus, pra entenderem, choramos.

Do escrevedor de versos: tabayara sol e sul

Estes versos, escrevi pós momentos de trato dos enfermeiros para comigo. Um grande beijo no coração deles.

tabayara sol e sul
Enviado por tabayara sol e sul em 29/01/2009
Código do texto: T1411081