SAUDAÇÃO D`UM GAÚCHO AOS ENFERMEIROS
Um dia caminhava. O vento açoitando
covardemente um indefeso errante
que cobria com seu corpazil
a sombra além. Muito viril
e cansado de pensar ser edificante.
Ó vida amável ! Que glórias me trazes
quando esqueço pessoas bondosas
que a mim serviram com amor
indiferentes aos seus... desamor.
Pensando unicamente nas suas artes caridosas.
Branco, rosa, verde, pouco importa o traje
a qualquer hora de necessidade
prontos por obrigações e vezes mais
olvidando seus amores sentimentais,
em nome de uma caridade.
Só o conviver com toda espécie de endemias
já os elegeria: filhos de Deus, pai bondoso.
E por isto, somente isto, nossa condição
de amarmo-os seria a redenção
ideal para nosso convivio queixoso.
Normalmente só lembramos que eles existem
na hora da agonia, do desespero,
e antes, ou mesmo depois, como fica !
Nada sabemos, não é ? Cruz credo ! Beatifica
meu Deus, este pobre vivente em desprezo.
Ao usar o braço, a bundinha pra injeção
aí lembramos que eles existem, balbuciamos
pois, aliviam nossa dor carnal,
e como fica a espiritual ?
Só Deus e Jesus, pra entenderem, choramos.
Do escrevedor de versos: tabayara sol e sul
Estes versos, escrevi pós momentos de trato dos enfermeiros para comigo. Um grande beijo no coração deles.